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OS EMBALOS DE SÁBADO A NOITE SÃO ETERNOS!
(John Travolta)
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A seqüência de abertura é uma das mais famosas e instantaneamente reconhecidas do cinema, onde John Travolta caminha com seu gingado característico ao som de Stayin' Alive. É Os Embalos de Sábado a Noite, é um dos filmes mais execrado pela crítica e ao mesmo tempo, que mais fama e notoriedade ganhou em pouco tempo, na época
John Badham, diretor de obras posteriores e menos importantes como Jogos de Guerra (1983) e Trovão Azul (1983), entre outros, dirigiu em 1977 este precioso filme, que levou John Travolta a um passo da fama, por suas cenas de danças eletrizantes e bem coreografadas. O filme, e precisamente John Travolta fez escola fora do cinema. Todos os jovens queriam dançar conforme Tony e se vestir conforme Tony, o carismático personagem de Travolta neste filme.
Porém, engana-se quem pensa que o filme era apenas 118 minutos de danças e namoricos e outros tipos de superficialidades, embalados ao som de Bee Gees. De maneira alguma. Norman Wexler conseguiu fazer um roteiro bem equilibrado entre a matéria prima do filme, que era as músicas e as danças e a parte dramática, colocando com sensibilidade os sentimentos de jovens que descobriam o mundo a frente deles e que lhes apresentavam os problemas como as drogas, o álcool, o sexo, e todos os problemas naturais que os jovens encontram nesta fase da vida.
Lógico, não sem apresentar um clichê, e até descaradamente, podemos dizer; trata-se de colocar os jovens em situações contrárias como no clássico Amor, Sublime Amor (1961), sobre a rivalidade de porto-riquenhos e ítalo americanos. E até o nome do protagonista, John Travolta, é o mesmo de Richard Beymer, no filme dos diretores Jerome Robbins e Robert Wise, Tony!
Mas as semelhanças param por aí, no clássico tinha todo um drama a ser desenvolvido (já que era a versão moderna e musical de Romeu e Julieta); e este, apresenta-nos um Tony, que é um jovem de classe média baixa, que costuma sair com seus amigos para irem dançar em discoteca. E Tony fica sabendo que haverá um torneio de danças de casal e ele decide participar do evento. Mas para isto Tony terá que ter uma parceira a altura e a única que ele acha que servirá é uma moça mais adulta do que ele e mais madura também e que toda noite está dançando na discoteca. Ela dança muito bem e Tony que está de olho no prêmio do torneio de danças, resolve falar com ela.
Com esta temática (a trama principal do filme) simples e sem querer ser mais do que isso, o filme fez fama e também a ilusão de muitos jovens de ser um outro Tony.
Tony que trabalhava pesado a semana toda, não deixava de no final de semana se empapar todo de colônia Brut, vestir uma camisa florida colada ao corpo, calças de pantalona, sapatos de plataforma, e se encaminhar junto com os amigos aos bailes de sábado à noite. E neste não seria diferente, embora pela influência de Stephanie, sua companheira para o baile, e seu irmão, um sacerdote desiludido, Tony começava a questionar o seu modo de viver.
Porque Tony não era apenas o jovem que tinha um talento especial para dança, era também um jovem pobre, sem educação, que maltratava as moças que se apaixonavam por ele e fustigava seus amigos que o queriam imitar, tanto nos relacionamentos com as mulheres quanto no salão.
E esta é grande diferença do clássico Amor, Sublime Amor. O qual desenvolvia a rixa entre os grupos rivais e o amor de Tony e Maria. Neste, além do atrativo do filme, as danças, assim como o envolvimento de Tony e Stephanie, desenvolvia a maturidade do personagem. Não é exagero nenhum afirmar que o personagem de Travolta neste filme passou a ser emblemático no mundo do cinema, principalmente para os jovens. E também tornou-se um problema para Travolta, que para se livrar deste tipo de personagem, principalmente depois de Grease – Nos Tempos Da Brilhantina (1978) e vir a ser o ator consagrado de hoje, teve que ralar muito para que percebessem que ele tinha talento e sabia interpretar.
Pra quem não conhece o filme é necessário saber que se tornou um cult da noite para o dia. A maior prova disso é que o filme transformou a disco music em “religião” e John Travolta em deus. É claro que nos dias atuais tudo isso parece apenas saudosismo, nostalgia, mas na época, quando o filme estava em cartaz, e mesmo depois, havia imitadores de Travolta em cada canto da Terra e a coisa chegou a durar uns três ou quatro anos!
Além disso, a trilha sonora do filme conseguiu alavancar novamente a carreira dos Bee Gees, que tinham feito muito sucesso no final dos anos 60, mas andavam em baixa em meados dos anos 70. Todas as cinco canções que eles compuseram especialmente para o filme (Stayin' Alive, How Deep Is Your Love, Night Fever, More Than a Woman e If I Can't Have You) tornaram-se mega sucessos de imediato, e os outros dois sucessos que eles já haviam lançado em discos anteriores (Jive Talkin' e You Should Be Dancing) ganharam vida nova e foram mais tocadas nas rádios do que na época de seus lançamentos real.
Por isso, podemos resumir o filme em dois planos, apesar do bom roteiro e o desempenho dos outros atores, fotografia, direção, etc.: o carisma de John Travolta e a melodiosa e gostosa trilha sonora dos irmãos Gib.
E isto apesar da interpretação caricata de Travolta, seus trejeitos e impostação da voz; e o fato das letras das canções dos Bee Gees serem simples e com refrões repetitivos em demasia. Mas o que importava para os jovens era o gingado de Travolta e os embalos das músicas dos Bee Gees.
Hoje, o filme não é considerado nenhuma obra-prima ou coisa que o valha, evidentemente, mas continua tendo os seus adeptos, seguidores fiéis! E olha, de gente que nem viveu aqueles tempos, mas que vivem os embalos da década de 70, “adotando” não só o filme, mas quase toda a arte cantada e representada duma época de contestação e descobertas.
John Badham, diretor de obras posteriores e menos importantes como Jogos de Guerra (1983) e Trovão Azul (1983), entre outros, dirigiu em 1977 este precioso filme, que levou John Travolta a um passo da fama, por suas cenas de danças eletrizantes e bem coreografadas. O filme, e precisamente John Travolta fez escola fora do cinema. Todos os jovens queriam dançar conforme Tony e se vestir conforme Tony, o carismático personagem de Travolta neste filme.
Porém, engana-se quem pensa que o filme era apenas 118 minutos de danças e namoricos e outros tipos de superficialidades, embalados ao som de Bee Gees. De maneira alguma. Norman Wexler conseguiu fazer um roteiro bem equilibrado entre a matéria prima do filme, que era as músicas e as danças e a parte dramática, colocando com sensibilidade os sentimentos de jovens que descobriam o mundo a frente deles e que lhes apresentavam os problemas como as drogas, o álcool, o sexo, e todos os problemas naturais que os jovens encontram nesta fase da vida.
Lógico, não sem apresentar um clichê, e até descaradamente, podemos dizer; trata-se de colocar os jovens em situações contrárias como no clássico Amor, Sublime Amor (1961), sobre a rivalidade de porto-riquenhos e ítalo americanos. E até o nome do protagonista, John Travolta, é o mesmo de Richard Beymer, no filme dos diretores Jerome Robbins e Robert Wise, Tony!
Mas as semelhanças param por aí, no clássico tinha todo um drama a ser desenvolvido (já que era a versão moderna e musical de Romeu e Julieta); e este, apresenta-nos um Tony, que é um jovem de classe média baixa, que costuma sair com seus amigos para irem dançar em discoteca. E Tony fica sabendo que haverá um torneio de danças de casal e ele decide participar do evento. Mas para isto Tony terá que ter uma parceira a altura e a única que ele acha que servirá é uma moça mais adulta do que ele e mais madura também e que toda noite está dançando na discoteca. Ela dança muito bem e Tony que está de olho no prêmio do torneio de danças, resolve falar com ela.
Com esta temática (a trama principal do filme) simples e sem querer ser mais do que isso, o filme fez fama e também a ilusão de muitos jovens de ser um outro Tony.
Tony que trabalhava pesado a semana toda, não deixava de no final de semana se empapar todo de colônia Brut, vestir uma camisa florida colada ao corpo, calças de pantalona, sapatos de plataforma, e se encaminhar junto com os amigos aos bailes de sábado à noite. E neste não seria diferente, embora pela influência de Stephanie, sua companheira para o baile, e seu irmão, um sacerdote desiludido, Tony começava a questionar o seu modo de viver.
Porque Tony não era apenas o jovem que tinha um talento especial para dança, era também um jovem pobre, sem educação, que maltratava as moças que se apaixonavam por ele e fustigava seus amigos que o queriam imitar, tanto nos relacionamentos com as mulheres quanto no salão.
E esta é grande diferença do clássico Amor, Sublime Amor. O qual desenvolvia a rixa entre os grupos rivais e o amor de Tony e Maria. Neste, além do atrativo do filme, as danças, assim como o envolvimento de Tony e Stephanie, desenvolvia a maturidade do personagem. Não é exagero nenhum afirmar que o personagem de Travolta neste filme passou a ser emblemático no mundo do cinema, principalmente para os jovens. E também tornou-se um problema para Travolta, que para se livrar deste tipo de personagem, principalmente depois de Grease – Nos Tempos Da Brilhantina (1978) e vir a ser o ator consagrado de hoje, teve que ralar muito para que percebessem que ele tinha talento e sabia interpretar.
Pra quem não conhece o filme é necessário saber que se tornou um cult da noite para o dia. A maior prova disso é que o filme transformou a disco music em “religião” e John Travolta em deus. É claro que nos dias atuais tudo isso parece apenas saudosismo, nostalgia, mas na época, quando o filme estava em cartaz, e mesmo depois, havia imitadores de Travolta em cada canto da Terra e a coisa chegou a durar uns três ou quatro anos!
Além disso, a trilha sonora do filme conseguiu alavancar novamente a carreira dos Bee Gees, que tinham feito muito sucesso no final dos anos 60, mas andavam em baixa em meados dos anos 70. Todas as cinco canções que eles compuseram especialmente para o filme (Stayin' Alive, How Deep Is Your Love, Night Fever, More Than a Woman e If I Can't Have You) tornaram-se mega sucessos de imediato, e os outros dois sucessos que eles já haviam lançado em discos anteriores (Jive Talkin' e You Should Be Dancing) ganharam vida nova e foram mais tocadas nas rádios do que na época de seus lançamentos real.
Por isso, podemos resumir o filme em dois planos, apesar do bom roteiro e o desempenho dos outros atores, fotografia, direção, etc.: o carisma de John Travolta e a melodiosa e gostosa trilha sonora dos irmãos Gib.
E isto apesar da interpretação caricata de Travolta, seus trejeitos e impostação da voz; e o fato das letras das canções dos Bee Gees serem simples e com refrões repetitivos em demasia. Mas o que importava para os jovens era o gingado de Travolta e os embalos das músicas dos Bee Gees.
Hoje, o filme não é considerado nenhuma obra-prima ou coisa que o valha, evidentemente, mas continua tendo os seus adeptos, seguidores fiéis! E olha, de gente que nem viveu aqueles tempos, mas que vivem os embalos da década de 70, “adotando” não só o filme, mas quase toda a arte cantada e representada duma época de contestação e descobertas.
Duma época chamada os anos 70 que chacoalharam todas as estruturas. (Deixando o cinema de lado, já que foi a época de O Poderoso Chefão, entre outros grandes clássicos do cinema, foco apenas a música e a intempestiva sociedade, principalmente a jovem, de então.)
Foi a época (para nós brasileiros) do Tricampeonato Mundial no México; mas foi também da moça de topless ou a feminista que distribui manifestos; do rapaz de pele dourada que salta da prancha de surfe para a discoteca ou o hare krishna de cabeça raspada; do homem saudável que faz jogging; do gay que marcha sobre Washington ou o ativista brigando pela anistia; da mulher descasada que tenta começar de novo ou o ecólogo preocupado com a destruição da natureza.
Foi a década de uma movimentada cena alternativa, a década da radicalização de experiências comportamentais; uma década que ainda não havia conhecido a AIDS!; a década da contracultura, do underground, dos jornais, revistas, livros e discos independentes.
Uma década em que os Beatles dão um basta e partem para suas carreiras solo; uma década com a marca nas costas do Festival de Woodstock; da decadência do movimento hippie com a morte de Jimi Hendrix e Janis Joplin; a época dos famosos sapatos plataforma, das calças boca-de-sino, das meias de lurex, do poliéster e dos signos do zodíaco; a época da bandeira de um pedaço de pano chamado jeans, feito de um tecido grosso, azul e desbotado; a época das bandas de hard rock como Led Zeppelin e Black Sabbath; a época em que Mick Jagger soltaria a franga; a época dos escândalos de Rod Stewart e do ícone David Bowie, em seus áureos tempos femininos; a época dos Secos & Molhados; do rock progressivo de Emerson Lake & Palmer, Pink Floyd, e principalmente Creedence.; a época do surgimento do Queen; a época das bandas açucaradas como ABBA e Bread; uma época em que o consumo de drogas, principalmente a cocaína acabou por se transformar em indicadora de status; enfim, uma época cheio de valores, mas de falsos valores também.
Foi em meados desta época (1977) que surgiu Os Embalos de Sábado a Noite e seu ícone John Travolta. Desde então, os embalos das áureas noites de sábado, jamais acabaram. Continuam nas memórias de muitos daqueles que viveram aqueles tempos e tantos outros que só ouviram falar.
Foi a época (para nós brasileiros) do Tricampeonato Mundial no México; mas foi também da moça de topless ou a feminista que distribui manifestos; do rapaz de pele dourada que salta da prancha de surfe para a discoteca ou o hare krishna de cabeça raspada; do homem saudável que faz jogging; do gay que marcha sobre Washington ou o ativista brigando pela anistia; da mulher descasada que tenta começar de novo ou o ecólogo preocupado com a destruição da natureza.
Foi a década de uma movimentada cena alternativa, a década da radicalização de experiências comportamentais; uma década que ainda não havia conhecido a AIDS!; a década da contracultura, do underground, dos jornais, revistas, livros e discos independentes.
Uma década em que os Beatles dão um basta e partem para suas carreiras solo; uma década com a marca nas costas do Festival de Woodstock; da decadência do movimento hippie com a morte de Jimi Hendrix e Janis Joplin; a época dos famosos sapatos plataforma, das calças boca-de-sino, das meias de lurex, do poliéster e dos signos do zodíaco; a época da bandeira de um pedaço de pano chamado jeans, feito de um tecido grosso, azul e desbotado; a época das bandas de hard rock como Led Zeppelin e Black Sabbath; a época em que Mick Jagger soltaria a franga; a época dos escândalos de Rod Stewart e do ícone David Bowie, em seus áureos tempos femininos; a época dos Secos & Molhados; do rock progressivo de Emerson Lake & Palmer, Pink Floyd, e principalmente Creedence.; a época do surgimento do Queen; a época das bandas açucaradas como ABBA e Bread; uma época em que o consumo de drogas, principalmente a cocaína acabou por se transformar em indicadora de status; enfim, uma época cheio de valores, mas de falsos valores também.
Foi em meados desta época (1977) que surgiu Os Embalos de Sábado a Noite e seu ícone John Travolta. Desde então, os embalos das áureas noites de sábado, jamais acabaram. Continuam nas memórias de muitos daqueles que viveram aqueles tempos e tantos outros que só ouviram falar.
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Um dos exemplos da longevidade do filme é o vídeo acima, um dos muitos que relembram uma época que os inúmeros fãs não esquecem. Neste, o foco, são exatamente os embalos das noites de sábado!
filme tem que ter carisma, esse filme o travolta tem!!
ResponderExcluirmuito bom sou fã do filme, musica e do travolta.
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